Como é bom conhecer pessoas! Melhor ainda é quando elas nos acrescentam valores, experiências e nos conduzem (às vezes sem querer) a reavaliações de nós mesmos.
Viajei recentemente a trabalho, conduzindo um grupo pela cidade de Nova York. Foi uma viagem diferente, em tudo: destino diferente, comidas diferentes, pessoas diferentes. No meio dessa novidade toda, descobri em mim características que antes nem imaginava ter, e as descobri por meio das pessoas mais improváveis. O mais gratificante foi perceber que nesse processo de descoberta, pude ensinar e aprender com elas. Tive a oportunidade de avaliar comportamentos, reavaliando meus próprios comportamentos. E o que isso tem a ver com turismo? Vou explicar, talvez você concorde comigo.
Ao conhecermos outras pessoas, desde que estejamos abertos a recebê-las com suas bagagens pessoais (experiências, vivências, cultura, etc.), temos a oportunidade de ampliar nossos horizontes. Uma vez que aproveitamos tais oportunidades, passamos a enxergar tudo o que está ao nosso redor com outros olhos, numa visão mais generosa, mais tolerante, mais madura ou mesmo completamente diferente da que estávamos acostumados. O que nos possibilita conhecer essas outras pessoas, em parte, são as viagens que fazemos – e costumo pensar que quanto maior a diferença, mais rica será a troca.
Se viajamos e nos permitimos conhecer aos outros, também proporcionamos a esses indivíduos o compartilhamento de nossas qualidades. Você volta de uma viagem pessoalmente enriquecido/a e o mesmo acontece com quem quer que você tenha encontrado ao longo do caminho, inclusive com seus passageiros.
Diante desse enriquecimento pessoal, as avaliações de nossos pré-conceitos (no sentido de conceitos pré estabelecidos, não me entendam mal) acontecem com naturalidade: repensamos nossas atitudes e adotamos novos comportamentos.
É por isso que eu sempre digo: viajar é o máximo! Transforma os lugares e de forma especial, as pessoas. Dependendo da duração de sua viagem, transforma preferências musicais, abre o paladar (e o apetite) e até o vocabulário volta mais refinado.
Me lembro de uma viagem que realizei sozinha – presenciei o sol se pondo no mar, pisei em areias douradas, ouvi boa música… mas fiz tudo isso sozinha. Não que estar em minha própria companhia fosse ruim, mas a presença das pessoas naqueles momentos todos teria feito toda a diferença. Relacionar-se é uma necessidade do ser humano, embora ele nem sempre saiba lidar com esses relacionamentos. A vantagem das viagens é que podemos experimentar mini-relacionamentos, que podem durar menos e nos proporcionar aprendizados em tempo recorde – como se fizéssemos um curso intensivo, só que ao vivo e com todas as cores.
Vamos viajar; aos lugares, nas pessoas e dentro de nós mesmos.
Beijos e até a próxima.
Luciana Ribeiro
Change Treinamento em Turismo