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Correndo na Disney World – Uma entrevista com Adriano Bastos

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Alô Mickeyros!!

É com enorme satisfação que entrevistamos um dos brasileiros mais famosos em Orlando, o maratonista Adriano Bastos vencedor por seis vezes consecutivas da maratona da Disney!



Na entrevista a seguir, vocês vão conhecer um pouco sobre a vida desse esportista notável, que além de tudo é um Mickeyro convicto!

Ladies and Gentlemen, boys and girls, com vocês… Mister Adriano Bastos, by Mais Magia!!!

MM – Primeiro, fale um pouquinho de você para que os amigos do VPO possam te conhecer melhor.

R – Tenho 31 anos, sou casado há sete anos e além de atleta profissional sou formado em Educação Física e pós-graduado em Administração e Marketing Esportivo, atuando desde o ano de 2003 como treinador.

Desta forma, hoje além de atleta profissional, sou personal trainer, treinador e empresário.

Sou sócio-proprietário de uma assessoria esportiva em parceria com minha esposa que também é formada em Educação Física e também possui a mesma pós-graduação.

A assessoria esportiva oferece treinos de corrida, caminhada, triatlon e condicionamento físico em geral e leva meu nome, Adriano Bastos Treinamento Esportivo. Estamos atualmente com 110 alunos.

Comecei a treinar com 12 anos de idade por incentivo dos meus dois irmãos que também já corriam. Desde moleque sempre tive facilidade para correr, nas brincadeiras de rua com os amigos eu sempre corria mais que todos. Aos 12 anos participei por brincadeira de uma prova infantil de 3km e sem nunca ter treinado antes concluí a prova em terceiro lugar com o tempo de 15 minutos, aí sim vi que tinha jeito para correr. Depois com 14 anos comecei a praticar triatlo e daí em diante comecei a perceber o quanto que minha corrida se destacava em relação às outras duas modalidades e o quanto que eu corria melhor que os demais triatletas.

Então, em 2000, aos 22 anos, a convite do Pão de Açúcar para integrar a equipe de atletismo deles, passei a me dedicar apenas à corrida, tendo a maratona como especialidade por ter facilidade com provas longas.De vez em quando ainda dou umas pedaladas, mas muito raramente. Neste ano, por exemplo, devo ter subido na bike apenas umas 10 vezes. Quando pedalo é mais pensando nesta modalidade como um complemento e fortalecimento muscular para a corrida. Normalmente faço isso no meu período de base.

MM – Você treina todos os dias? Como é sua rotina de treinamento?

R – Treino sete dias por semana sendo ao todo 12 sessões de treinamento.

De 2ª feira tenho um treino de ritmo pela manhã que varia entre 16 a 18 km, às 3ª e 5ª feiras pela manhã tenho treino de pista onde faço tiros de velocidade (400m, 600m, 1000m, 3000m, etc.) que variam a metragem de acordo com o objetivo. Ao todo, incluindo aquecimento, educativos, parte principal e desaquecimento, estes treinos de pista dão em torno de 22 a 25 km. De 4ª feira tenho apenas uma rodagem de 21 km.

Às 6ª feiras faço musculação pela manhã e corro mais 15 km logo após. Aos sábados tenho um treino mais longo e único que varia de 25 à 30 km e aos domingos uma rodagem leve de 10 à 12 km.

Quando participo de alguma prova no domingo, no sábado faço apenas uma rodagem leve de 40 minutos. Além destes treinos principais que acontecem sempre pela manhã, ao final da tarde, às 2ª, 3ª, 5ª e 6ª feiras faço mais uma rodagem leve de 50 minutos que dá em torno de 12 a 13 km.

MM – Você faz alguma alimentação especial em épocas de maratona? E especificamente no dia da maratona, o que você come?

R – Em minha rotina normal, na verdade, não sigo nenhum tipo de dieta, como de tudo e a todo o momento, inclusive as consideradas porcarias. Apenas evito frituras, em casa fazemos tudo assado ou grelhado, nada de fritura.

Também me preocupo bastante com a hidratação e o consumo diário de carboidratos e proteínas que são fundamentais para quem tem uma atividade intensa como eu, ou seja, consumo tudo o que é correto, mas não dispenso as porcarias como os salgadinhos, bolachas recheadas, refrigerantes, cerveja, hambúrguer, etc., afinal sou como qualquer outra pessoa, apenas tenho uma genética favorável para correr bem.

Agora, com relação aos cuidados especiais antes de prova, não só antes de maratonas, mas antes de qualquer outra prova importante, na semana que antecede a prova eu procuro dar bastante atenção à hidratação e aumento bastante o consumo de carboidratos (pães, massas, arroz, batata, etc.), mas sem dispensar a proteína (carnes vermelhas).

Na manhã da prova costumo acordar com 2 horas de antecedência ao horário de largada e uma hora e meia antes da largada tomo meu café da manhã que é sempre composto de uma banana, um pão francês ou duas fatias de pão de forma com requeijão, um copo de suco de laranja e mais um copo ou xícara de leite com achocolatado ou café com leite.

Uma hora antes da largada até o horário dela tomo aos poucos mais uma solução de carboidrato diluído em 500ml de água, pois ajuda a manter a hidratação e aumenta as reservas de carboidratos no organismo.

MM – Você passou a gostar da Disney depois que começou a participar da maratona, ou a opção em concorrer nessa maratona foi por causa do amor que já sentia pela Disney?

R – Na verdade eu aprendi a gostar da Disney, dos desenhos e tudo mais por causa de minha esposa que já era uma fanática por Disney e me ensinou a gostar. Eu nem fazia idéia do que era aquele mundo ao vivo.

Quando fui pela primeira vez para lá foi para correr a maratona, aí sim me apaixonei de vez e virei outro fanático por Disney, quando vamos para lá parecemos duas crianças.

MM – Quando foi a 1ª vez que você foi para Orlando?

R – Foi em 2003 quando fui correr a maratona pela primeira vez. Foi a união do útil com o agradável e prazeroso, fui fazer meu trabalho que é correr e junto conhecer um lugar que era um sonho de criança.

MM – Como foi que você começou a correr na maratona da Disney?

R – Foi em Janeiro de 2003 a minha primeira participação. Já era um sonho antigo desde a época que eu praticava triatlo, pois via brasileiros que normalmente corriam iguais a mim ou pior, indo lá e vencendo com tempos altos.

Então em 2003 o Pão de Açúcar levou um grupo com 80 funcionários para correr lá com tudo pago pela empresa e me incluíram neste pacote, foi uma oportunidade que aproveitei muito bem e venci a prova fazendo o melhor tempo de um brasileiro nesta competição.

Muitos ficaram surpresos, mas quem me acompanhava diariamente sabia o quanto eu tinha treinado para garantir aquela vitória.

Na hora da largada disparei sozinho na liderança e me mantive assim até o final, chegando 5 minutos a frente do segundo colocado. Eu estava cheio de “chuquinhas” verde e amarela no cabelo e alguns quenianos que estavam na prova acharam que eu era algum tipo de personagem da Disney que estava ali apenas para brincar e quando se deram conta eu já tinha uma vantagem enorme sobre eles. A Maratona da Disney têm um percurso fantástico e é 85% plano.

MM – Qual o seu objetivo em relação à Maratona da Disney?

R – Tenho a grande meta de chegar até a décima vitória consecutiva, ou seja, invicto. A partir deste momento as vitórias que vierem a mais será lucro.

MM – Para a maratona da Disney existe algum procedimento especial que você tem que adotar?

R – Absolutamente nada, pois como vou eu e minha esposa como convidados, praticamente são eles mesmos que providenciam tudo para nós, desde as passagens aéreas e reservas no hotel até outras necessidades que tenhamos. A única coisa que fazemos é preencher os formulários que eles enviam e a ficha de inscrição da maratona, especificando o período que ficaremos lá e pronto, depois é só viajar.

Às vezes, antes da prova, eles pedem para participarmos de algum evento, como um almoço com alguém importante da Disney ou alguma ação de marketing ou fotos.

MM – Poderia falar um pouco sobre as tatuagens que você fez dos personagens da Disney?

R – Estas tatuagens foram feitas como uma homenagem à prova que me tornou tão conhecido aqui no Brasil e lá fora e, ao mesmo tempo, como uma referência para que as pessoas me reconheçam apenas ao me olhar, pois quem mais tatuaria um Mickey nas pernas e nos braços!!?

As primeiras que tatuei foram as duas cabeças do Mickey que fiz na parte posterior das pernas, uma em cada panturrilha, estas sim foram feitas como uma forma de ser reconhecido e como uma homenagem, foram feitas em 2006.

Depois, em 2008, tatuei dois Mickey’s correndo, sendo um em cada lateral do braço e também, no ano passado, tatuei cinco cabecinhas do Mickey no meu antebraço como forma de identificar cada vitória, ao vencer pela sexta vez neste ano tatuei a sexta cabecinha e continuarei tatuando uma a cada nova vitória que vier.

MM – Por você ser hexacampeão na Disney, você recebe um tratamento mais especial?

R – Sim, aliás, põe especial nisso! Como vencedor tenho o direito de voltar no ano seguinte com tudo pago pela Disney e com direito a um acompanhante no mesmo conforto e mordomia.

Este retorno por conta deles inclui hospedagens em hotel dentro do Complexo Disney, passagens aéreas, alimentação, ingressos para os parques, inscrição na prova, transfer de limusine do aeroporto para o hotel e vice-versa, além dos acessos VIP à vários setores e serviços antes, durante e depois da prova, como por exemplo um quarto VIP no hotel oficial em que somos colocados e que fica à disposição dos convidados 24 horas por dia com comida, lanches e bebidas, tudo isto por uma semana.

O hotel que sempre nos colocam ou é o Animal Kingdom Lodge ou o Saratoga Springs, dois dos melhores da Disney. É um prêmio com um valor equivalente à R$ 12.000,00 ou mais se fossemos desembolsar para ficar lá no esquema que levam a gente.

Claro que minha acompanhante é sempre minha esposa, Renata. Ela abriu mão da viagem uma vez apenas para que eu pudesse levar um dos meus irmãos.

MM – Que conselhos daria para quem quisesse começar a correr nessa maratona?

R – Diria que vale muito a pena conhecer esta maratona, é uma experiência única e divertida que pode ser muito bem conciliada com a viagem de férias em família.

Quanto à prova em si, o conselho é fazer uma preparação adequada como se faria para qualquer outra maratona, pois apesar de divertida, alegre e motivante, não deixa de ser uma maratona (42km) o que exige um bom preparo. Vá preparado também para pegar um possível frio intenso e também para o horário da largada que acontece às 6:00 da manhã, ou seja, é necessário acordar às 3:00 da madrugada.

Outra dica que dou e que considero muito importante é para a pessoa não chegar com muita antecedência lá, pois como a prova acontece normalmente no segundo domingo de Janeiro, na semana que antecede a prova os parques ainda estão muito lotados tanto por causa das pessoas que passaram o Réveillon lá e como por causa das pessoas que estão chegando para o final de semana da maratona, assim os parques ainda estão super cheios e não dá para aproveitar direito as atrações, que costumam estar com as filas muito grandes.

O ideal é chegar lá na quinta feira antes da prova, reservar a quinta, sexta e sábado para compras nos outlets e a partir de domingo depois da prova, aí sim começar a curtir os parques que já estarão vazios, pois depois da maratona boa parte das pessoas já vai embora e, na semana seguinte, os parques ficam tranqüilos e gostosos de aproveitar, sendo que as maiores filas chegam no máximo à 30 minutos de espera.

MM – Quando você vai para maratona, acaba ficando mais alguns dias para aproveitar os parques? E quais as atrações que mais gosta?

R – Sim, normalmente ficamos mais uma semana por lá, costumo chegar com a Renata na quinta pela manhã e só vamos embora na sexta ou sábado da outra semana, dá para aproveitar muito.

Já começa na quinta-feira quando chegamos lá e vamos até a feira de esportes retirar meu kit da prova, em seguida já iniciamos a sessão compras pelos outlets e shoppings, na sexta-feira passamos o dia todo também fazendo compras.

No sábado, após tomar café da manhã e dar uma corridinha leve, passamos o dia todo no Sea World que é um parque mais tranqüilo com bastante shows, assim dá para ficar bastante tempo sentado descansando para a prova de domingo.

Depois da prova no domingo, aí sim começa o circuito dos parques, aproveitamos muito todos eles, inclusive os da Universal e o Busch Gardens.

Tudo começa já no próprio domingo, depois da prova e de um banho e um belo almoço bem calórico.

Quando você entra nos parques depois da prova, você tem uma visão completamente diferente daquela durante a prova quando passou por ele.

Tudo se transforma, fica mágico e você se sente uma criança novamente.

Dentre as atrações que mais gosto dos parques da Disney estão a Space Mountain, Stich’s Great Escape!, Big Thunder Mountain Railroad, Jungle Cruise e Splash Mountain no Magic Kingdom.

No Hollywood Studios, antigo MGM, gostamos do The Twilight Tower of Terror, do show Lights, Motors, Action! Extreme Stunt Show, The Disney-MGM Studios Backlot Tour, Star Tours, Indiana Jones Epic Stunt Spectacular, Rock’n Roller Coaster Starring Aerosmith e o maravilhoso show final Fantasmic!

No Animal Kingdom adoramos a montanha russa Expedition Everest – Legend of the Forbidden Mountain, o Kali River Rapids, Kilimanjaro Safaris, Dinosaur e o show It’s Tough to be a Bug!

Já no Epcot, tem bem menos atrações legais, as que mais gostamos são: Test Track, Spaceship Earth, Soarin, The Seas with Nemo Friends e Journey Into Imagination With Figment.

MM – Há algum fato curioso ou algum mico que passou na Maratona da Disney?

R – Não, nunca passei por nenhum mico lá, mas duas coisas muito legais que já me aconteceram lá foram as edições de 2005 e 2006 no qual vivi emoções diferentes, mas ambas muito importantes, o qual não dá para dizer qual delas foi mais emocionante.

No final de 2003, quando me preparava para o bicampeonato em Janeiro de 2004, sofri uma lesão muito grave que me afastou por 6 meses das corridas, desta forma a edição de 2005 teve muita importância e emoção pelo fato ser minha primeira maratona após a lesão que tive em 2004 e que me deixou tantos meses sem treinar.

Esta prova com certeza foi meu retorno e a volta por cima de tudo que eu havia passado em 2004.

Já a edição de 2006, quando venci pela terceira vez, teve também um sabor muito especial porque foi a primeira vez que eu lá venci, com minha esposa assistindo e me esperando na chegada.

Havia ficado um vazio em 2004, quando viajei com ela para lá, como convidados, e não corri.

Na de 2006, foi como se eu estivesse dando um presente para ela, cruzar a linha de chegada em primeiro lugar com ela ali me vendo…

Outro momento muito emocionante foi em 2006 quando cruzei a linha de chegada com as bandeiras do Brasil e dos EUA, uma em cada mão.

Naquele instante parecia que as arquibancadas iriam desabar de tanto que eles gritavam e pulavam ao me verem com a bandeira deles. Esta foi a forma que encontrei de agradecer toda a receptividade que sempre tive com os americanos e por ter sido lá que me tornei tão conhecido, o que fez com que minha carreira decolasse.

MM – Qual a sensação de passar por dentro do Castelo da Cinderela durante a prova?

R – É uma sensação muito gostosa e motivadora, pode-se dizer que é um dos ápices da prova, principalmente porque você passa por um corredor até chegar ao Castelo, com público dos dois lados torcendo. Você se empolga de tal maneira que só quem está ali correndo sabe o que é, é uma sensação única que não tem como descrever, é preciso vivenciá-la.

MM – Qual foi outra grande maratona ou a mais difícil que participou?

R – Já participei de várias outras maratonas importantes, como a maratona de Nova Iorque de 2000, na qual fui o melhor brasileiro na prova, da Maratona de Paris três vezes, sendo o melhor brasileiro em duas edições, já venci duas vezes a Maratona de Santa Catarina, venci a Maratona de Curitiba 2006 e a de Porto Alegre neste ano, assim como também já subi no pódio da Maratona de São Paulo entre os cinco primeiros por três vezes e na do Rio duas vezes, dentre outras maratonas que já corri e subi no pódio entre os cinco melhores.

Em agosto deste ano, representei o Brasil na maratona do 12º Campeonato Mundial de Atletismo que aconteceu em Berlim, na Alemanha, e fiquei em 19º lugar geral e de quebra estabelecendo minha melhor marca em maratona com 2h 15min 39seg, foi fantástico!

Dentre as maratonas mais difíceis que já participei, a de Foz do Iguaçu neste ano foi a maratona mais difícil que já vi em toda minha vida, nunca vi tanta subida como nesta prova, sem falar do calor e da alta umidade do ar, não recomendo à ninguém, não consegui completá-la, parei exausto no km 28.

Agora, dentre as maratonas que completei, a mais difícil é a de Curitiba que também é cheia de subidas.

MM – Você viaja para Orlando em outras oportunidades, só para passear, ou só em época de provas?

R – Não, a única época que vou para lá é quando acontece a maratona em Janeiro, mas dá para aproveitar muito. É até bom este espaço de um ano entre cada visita, pois você chega lá com mais vontade de aproveitar tudo e assim nada se torna rotina ou enjoativo. Por mais que já conheçamos tudo por lá é muito bom repetir tudo todo ano.

É isso pessoal! Esperamos que, assim como nós, vocês tenham curtido essa entrevista com o Adriano, a quem agradecemos de coração, desejando muito sucesso na próxima maratona da Disney, e que o objetivo de ganhar as 10 maratonas seja alcançado.

Aproveitamos para convidar todos os Mickeyros para conhecer o site desse grande atleta: www.adrianobastos.com.br.

Gente, por fim, não dá para conter o orgulho: Ele é brasileiro!!!!!

Até a próxima!!

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